Cinzas
Agora que me deixaste
Agora que lá chegaste
Que fiquei sem ti
Sem o teu encosto, o teu cheiro
Morreste, partiste.
Quiseste que o teu corpo ardesse
Dizias que querias experimentar
Um pouco do calor do teu inferno
Antes de nele entrares
Choro, estou triste
Não consigo deixar de pensar em ti
Volta...
A sério, volta...
O que faço agora com os teus restos
Perdoa-me, mas não os posso guardar
Vou partilhar-te com alguém
Com o rio...
O mesmo que te levou
Vou libertar-te uma vez mais
Vou soltá-las
Deixar que elas corram na corrente fantasma
Que elas sintam as cócegas feitas pelas ondas de vento
Que elas rocem as margens quentes
Que tenham a viagem da vida delas nas cascatas
Já cansadas, coitadas, navegam lentamente
Parte delas enriquece as terras, parte delas nada em frente
Depois da foz e estuário, depois de enganarem as redes, chegam ao mar
Aí dispersam, deixam de se conhecer
E deixam de ser lembradas!
Mas eu não te esqueço,
Eu agora vou contigo,
Eu agora vou ser o mar!
Desconhecia esta tua veia poética! mas gostei muito. continua. Muitas bjks da mana.
ResponderEliminarContinua assim maninho!
ResponderEliminarAinda não li todas, mas gostei muito do que li. Milhões de bjks.
tenho-te a dizer que me deixei ir pelas tuas linhas... e que gostei! gostei demasiado!
ResponderEliminarNão há + entradas...já li tudo...quero continuar a ler o teu livro :)
ResponderEliminarNão há mais entradas...queria continuar a ler o teu livro :)
ResponderEliminarAdorei e chorei! aqui vai um carinho e um abraço de alma.
ResponderEliminarneza